O SJPDF estudará medidas judiciais cabíveis contra o presidente da República
Durante uma visita à Catedral de Brasília, o presidente foi questionado por um repórter do jornal O Globo sobre as novas revelações de que seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, teria transferido cerca de R$ 89 mil na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro, entre 2011 e 2016. Bolsonaro afirmou ao jornalista: “Minha vontade é encher tua boca na porrada, tá”.
O presidente Jair Bolsonaro coleciona um histórico de ataques verbais, xingamentos e todo tipo de desrespeito ao trabalho da imprensa. Ao se negar a responder uma pergunta, Bolsonaro proferiu uma ameaça gravíssima de violência física contra um jornalista, que estava em pleno exercício do seu ofício.
"Ameaça é crime previsto no artigo 147 do Código Penal. Vindo de um presidente da República, que recebeu a incumbência e ainda fez o juramento de zelar pelo respeito à Constituição e às leis do país, torna-se um crime ainda mais grave. Até quando as instituições do país vão seguir fazendo vista grossa para um sem número de barbaridades e violações legais cometidas por este sujeito? Além de autoritário, Bolsonaro não sabe conviver com as regras mais básicas de uma sociedade civilizada e ainda demonstra um completo desequilíbrio emocional para estar à frente do cargo mais importante do país", diz Federação Nacional dos Jornalistas.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) se solidarizam com o repórter ameaçado e reiteram pedido de impeachment já assinado pelas entidades representativas. O Sindicato informa que estudará medidas judiciais cabíveis contra o presidente da República por este crime. "O trabalho da imprensa é fundamental numa democracia e não deve sofrer intimidações, quanto mais ameaça de interrupção por violência física", diz sindicato.
Fonte: Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).
Edição: In Foco.