Religioso era foragido da Justiça desde 23 de agosto de 2018. Ele era acusado de cometer um homicídio em Parnaíba
Pastor Francisco Antônio dos Santos Marques. - Foto: Metrópoles. |
Francisco Antônio dos Santos Marques, de 35 anos de idade, pastor assassinado no momento em que realizava uma pregação evangélica na manhã desse domingo (04/10), na QS 11, no Areal, em Águas Claras, apresentava um “passado inserido no mundo do crime”, como ele mesmo afirmava em testemunhos.
O homem era foragido da Justiça desde 23 de agosto de 2018. Ele era acusado de cometer um homicídio em Parnaíba, Piauí, sua cidade natal.
“Fui árvore verde por muito tempo: latrocída, homicída, pistoleiro, assaltante. Cheirava 30 gramas de cocaína por dia e andava com uma ponto 40 na cintura”, declara em um dos trechos.
Confira o trecho:
Pregação evangélica onde o pastor afirma ter praticado homicídio. - Vídeo: Metrópoles.
O assassinato aconteceu na Igreja Assembleia de Deus voz do Calvário. O religioso foi atingido pelas costas, no momento em que estava de joelhos, em oração. Uma mulher que participava da celebração também foi atingida, de raspão, e não corre risco de morte.
Segundo a PCDF, o suspeito entrou no templo, armado e efetuou diversos disparos. Testemunhas prestaram depoimento na delegacia, mas até a última atualização desta reportagem, o suspeito não havia sido localizado.
Câmeras de segurança filmaram o autor fugindo logo após o homicídio. As imagens são analisadas pelos investigadores da 21ª Delegacia de Polícia (Pistão Sul), responsável pelo caso.
O crime do qual Francisco era acusado ocorreu em 2016. De acordo com a sentença proferida pela juíza da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parnaíba, Maria Ivani de Vasconcelos, o pastor, em 3 de abril daquele ano, por volta das 20h30, atirou e matou Lucas da Silva Gomes.
Mandado de prisão em desfavor do pastor assassinado no Distrito Federal. - Foto: Metrópoles. |
Uma mulher identificada como Jeane Silva Marques também ficou ferida à época. Ela precisou passar por diversas cirurgias que acabaram causando incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias, além de deformidade permanente.
No dia do crime, após procurar informação sobre o casal, sabendo onde costumavam se encontrar, o denunciado chegou ao local em uma motocicleta, acompanhado de uma pessoa não identificada, e esperou as vítimas em emboscada.
Jeane Silva viu o ex e foi até Lucas Gomes. Ela subiu na moto em que o namorado estava, mas Francisco se aproximou e começou a atirar contra o casal.
Jeane Silva Marques era casada com Francisco, mas no tempo dos fatos já estava separada havia mais de dois anos e não mantinha contato com o pastor. Não aceitando a separação, o homem começou a ameaçar a ex., dizia que não aceitava vê-la com outra pessoa.
De acordo com a magistrada, o acusado agiu por motivo fútil, uma vez que matou Lucas Gomes “pelo simples prazer de vê-lo morrer.” Além de tentar matar a mulher, por vingança ao ser desprezado por ela.
Ainda de acordo com o processo, o pastor agiu “mediante recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa do ofendido, haja vista após saber onde as vítimas se encontravam, os aguardou, em emboscada e, de arma em punho, deferiu-lhes vários tiros”.
Com informações; Metrópoles.
Edição: Eduardo Machado/In Foco.