Esquema criminoso de fraudes era processado na Agência da Previdência Social de Parnaíba, mediante falsificação de documentos emitidos por sindicato de trabalhadores rurais
Por Eduardo Machado, In Foco.
09h26. - Última atualização: às 09h54.
Foto: G1/PI. |
A Polícia Federal, em ação conjunta com a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista do Ministério da Economia (CGINT/SEPRT/ME), deflagrou na manhã desta quinta-feira (20/05) a Operação Dolos, com a finalidade de reprimir crimes previdenciários.
Cerca de 30 Policiais Federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares restritivas em desfavor dos investigados, nas cidades de Parnaíba, Cocal/PI e Cocal dos Alves/PI.
Durante a investigação, foi identificado que os criminosos atuavam na concessão e recebimento irregular de aposentadorias, auxílios-doença e licença maternidade. O grupo era formado por servidor do INSS, presidente de sindicato, intermediadores/captadores de pessoas e documentos, e agiotas. As fraudes eram processadas na Agência da Previdência Social de Parnaíba, mediante falsificação de documentos emitidos pelo Sindicato de Trabalhadores Rurais de Cocal dos Alves/PI.
Foto: Divulgação/PF. |
A estimativa de prejuízos, apenas no modal auxílio-maternidade, é de R$ 4 milhões, considerando dados do IBGE relativos aos anos de 2010 a 2019, período em que se verificou que foram concedidos duas vezes mais benefícios que o total de crianças nascidas na localidade.
Os envolvidos devem ser indiciados pelos crimes de falsificação de documentos (Art. 297 do CPB), estelionato (Art. 171 do CPB) e formação de quadrilha (Art. 288 do CPB).
O nome da operação faz alusão ao ser mitológico Dólos - espécie de espírito - que personificava o ardil, a fraude, a astúcia e as más ações, o que se identifica com a conduta dos investigados.