Todos os mandados judiciais foram cumpridos no município de Picos
Por Eduardo Machado, In foco.
08h31. - Última atualização: 07/10, às 14h01.
Foto: Divulgação/Polícia Federal. |
A Polícia Federal, em parceria com a CGINT (Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista), deflagrou nesta quarta-feira (06/10) a Operação Neoplasia, com o fim de desarticular organização criminosa especializada na realização de fraudes, por meio da falsificação de exames e laudos médicos de hospitais, para obtenção de benefícios previdenciários, notadamente auxílio-doença.
A operação mobilizou 15 Policiais Federais para o cumprimento de 06 (seis) mandados judiciais, sendo (03) três mandados de busca e apreensão e 03 (três) de prisão temporária, todos expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Teresina.
Todos os mandados judiciais foram cumpridos no município de Picos, sul do Piauí.
No decorrer das investigações já foram identificados 190 (cento e noventa) benefícios atrelados à organização criminosa, dos quais já se constatou a fraude em 38 (trinta e oito) deles, causando, até o momento, um prejuízo efetivo ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) superior a R$ 230 mil.
A pedido da Polícia Federal foi determinado o bloqueio judicial das contas bancárias de três envolvidos nas fraudes identificadas.
Os investigados poderão responder pelos crimes de Organização Criminosa (Art. 2º da Lei nº 12.850/2013), Estelionato Majorado (Art. 171, § 3º do Código Penal); Falsidade Ideológica (Art. 299 do Código Penal) e Uso de Documento Falso (Art. 304 do Código Penal).
O nome Noplasia decorre do fato dos investigados apresentarem-se na maioria dos casos como portadores de doenças neoplásicas (câncer), falsificando exames e atestados médicos, para fins de recebimento de benefícios previdenciários.
Delegado Eduardo Monteiro, da Polícia Federal, fala sobre a Operação Neoplasia, veja:
Eduardo Monteiro, Delegado da Polícia Federal. - Vídeo: Divulgação/Polícia Federal.