Apenas três laboratórios no Brasil faziam o sequenciamento genético, que agora será feito também no Lacen/PI
Por Eduardo Machado, In Foco.
18h14.
Imagem meramente ilustrativa. - Foto: Divulgação/Secretaria de Estado da Saúde do Piauí. |
O Piauí começa agora em outubro a fazer sequenciamento genético e a vigilância molecular para detectar variantes do novo coronavírus (SarsCoV-2), no Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Costa Alvarenga (Lacen). A equipe já foi treinada para usar o equipamento que só existia nos laboratórios da Fiocruz dos estados da Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco.
O trabalho é uma parceira da Fiocruz, Sesapi, Lacen e Ciaten (Centro de Inteligência em Agravos Tropicais Emergentes e Negligenciados)
Segundo o Coordenador de Vigilância Molecular da Rede Genoma da Fiocruz e pesquisador da Fiocruz/PI, Vladimir Costa, a metodologia vai oferecer ampla cobertura de todo o genoma do vírus. “O equipamento é um sequenciador de última geração e vai permitir resultados mais rápidos por ser feito aqui no Piauí. Antes mandávamos os exames para os estados do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco e os resultados demoravam muito. A celeridade vai permitir nortear as ações do poder público estadual e municipal”, explica.
De acordo com o Superintendente de Atenção Primária e Municípios, Herlon Guimarães, o mês de outubro começa com boas notícias para o Piauí com a chegada do equipamento de sequenciamento genético e vigilância molecular do SarsCov-2. “É um sequenciador de nova geração que vai destacar o Piauí no cenário nacional, uma vez que só temos laboratórios capazes de fazer esses exames em três estados do país. Quando solicitávamos, os resultados demoravam muito para chegar por causa das demandas do restante do país”, diz.
Para o secretário de saúde, Florentino Neto, durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, surgiu a necessidade de estudar o genoma do SarsCoV-2, causador da Covid-19. “Mas o acompanhamento de suas mutações genéticas era limitado para o Piauí porque não tínhamos o equipamento para fazer o sequenciamento. A partir de agora, vamos dispor dessa ferramenta que pode nortear com mais rapidez nossas ações enquanto gestores no combate à pandemia”, explica Florentino.