Peixe-lua é encontrado morto em praia no litoral do Piauí; animal foi encaminhado para a UFDPar

Esse é o maior peixe ósseo do mundo

Por Eduardo Machado, infocopiaui.com
09h18. - Última atualização: às 09h32.
Nessa quinta-feira (08), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio recebeu a informação de um peixe morto na praia em Cajueiro da Praia, no litoral do Piauí. Tratava-se de um exemplar do Peixe-lua, conhecido também como Mola ou Peixe-lua-rabudo.

Segundo o ICMBio, esse é o maior peixe ósseo do mundo, uma espécie rara, de hábitos oceânicos, chegando a medir 3 metros e atingir 2 toneladas. Sua distribuição é quase mundial, podendo ser encontrado em águas tropicais e temperadas.

Peixe-lua é encontrado morto em praia no litoral do Piauí.
Fotos: Divulgação/ICMBio.
A equipe do Projeto Peixe-Boi-Marinho coletou o animal e registrou suas medidas. O peixe foi encaminhado para a Universidade Federal do Delta do Parnaíba - UFDPar, ao Laboratório de Ictiologia, para a realização de estudos.

O Peixe-lua

O Peixe-lua, pertence à ordem Tetraodontiformes é o maior peixe-ósseo conhecido, chegando a atingir 3 metros de comprimento.

Possui uma silhueta inconfundível. Seu corpo circular termina quase abruptamente, como se tivesse sido cortado ao meio. O que deveria ser uma barbatana caudal não passa de uma pequena orla. As barbatanas dorsal e anal, semelhantes e opostas, são os únicos meios de que ele dispõe para a propulsão. Com essa forma desfavorável, não é de admirar que o peixe-lua seja lento, o que o torna uma presa fácil de tubarões. Para estes, aliás, trata-se de uma lauta refeição, já que o Peixe-lua é enorme.

Habitam as regiões temperadas e tropicais dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico; é também largamente difundido na bacia do Mediterrâneo. Por vezes é visto na superfície dos oceanos, em um comportamento que acredita-se ter a função de aquecer o corpo após prolongados mergulhos em grandes profundidades.

Esta espécie de peixe faz migrações regulares, costumando aproximar-se das praias quando estas são “invadidas” por medusas, salpas e outros organismos do plâncton, seu alimento habitual.

As fêmeas produzem até 300 milhões de ovos por vez, que são liberados na água e fecundados pelos machos. Durante o seu desenvolvimento, tanto o Peixe-lua como os demais representantes de sua família passam por notáveis transformações. Os alevinos (filhotes) saem de ovos pequenos e transparentes e medem apenas alguns milímetros. Seu aspecto modifica-e à medida que vão crescendo.

O Peixe-lua destaca-se por carregar uma impressionante carga parasitária, sendo que foram identificadas, até o momento, cerca de 50 espécies distintas, tanto endo quanto ectoparasitas.

Em alguns lugares do mundo, a carne desse peixe é considerada apetecível. No entanto, ela contém neurotoxinas em quantidades consideráveis.

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