Em setembro do ano passado, o acusado participou ativamente da tentativa de assassinato de Mônica Oliveira da Silva, sua ex-companheira
PARNAÍBA-PIAUÍ
10h30.
O Ministério Público do estado do Piauí, representado pelo Promotor de Justiça João Malato Neto, teve a tese ministerial acatada pelo Conselho de Sentença e conseguiu a condenação do réu Cleyton de Jesus Santos a 30 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. O julgamento foi realizado na Comarca de Parnaíba nessa quinta-feira, 1º de dezembro. Após o júri, o réu foi encaminhado à Penitenciária Mista Fontes Ibiapina.
Promotor de Justiça João Malato Neto. Foto: Divulgação/MP-PI. |
Cleyton Santos foi julgado pelos crimes de violência psicológica contra a mulher (Artigo 147-B, do Código Penal) e tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, com emprego de meio cruel, utilizando-se do recurso que impossibilitou a defesa da vítima; por ter sido praticado por motivos de gênero (feminicídio); e praticado na presença de parentes da vítima (Artigo 121, §2º, II, III, IV e VI e §2º-A, I e § 7º, III c.c artigo 14, II, todos do Código Penal).
O crime
Em setembro do ano passado, o acusado participou ativamente da tentativa de assassinato de Mônica Oliveira da Silva, sua ex-companheira, enquanto esta estava conversando com familiares em sua própria residência. A vítima foi surpreendida e violentamente atacada com seis facadas, desferidas à curta distância.
Consta dos autos que o condenado agiu após a vítima ter negado a reconciliação. Ele deslocou-se até a residência da vítima, armado com uma faca, pulou o muro do imóvel, aproximou-se de Mônica de surpresa e aplicou-lhe seis violentas facadas, atingindo-a na sua cabeça, mãos, braço e perna, quase ocasionando a morte dela.
Posteriormente, o acusado evadiu-se do local do fato e fugiu para Brasília, onde foi preso posteriormente.
“Esse crime, à época dos fatos, causou grande repercussão na sociedade de Parnaíba, em virtude de ter sido praticado na presença da genitora e da filha menor da vítima, onde a população clamava por justiça em virtude da violência e da covardia de mais um crime de feminicídio no estado do Piauí”, diz o promotor João Malato Neto.