Dois botos-cinza, espécie vulnerável à extinção, são encontrados mortos na praia Pedra do Sal

A equipe do ITD também recebeu o registro fotográfico de três encalhes de tartaruga-marinha nas praias de Atalaia e Peito de Moça, em Luís Correia

EDUARDO MACHADO
PARNAÍBA-PIAUÍ
08h27

Durante o monitoramento de praia, a equipe do Instituto Tartarugas do Delta - ITD registrou encalhe morto de dois exemplares de boto-cinza na praia da Pedra do Sal em Parnaíba. A equipe do ITD também recebeu o registro fotográfico de três encalhes de tartaruga-marinha nas praias de Atalaia e Peito de Moça, em Luís Correia.

Boto-cinza é encontrado morto. Foto: reprodução.

"Esse período aumenta a ocorrência de registro de encalhes mortos no litoral piauiense. Mas infelizmente, nem sempre é possível identificar a causa da morte, devido ao estado avançado de decomposição da carcaça. Quando possível, a equipe realizada a necropsia", informou o instituto.

Boto-cinza é encontrado morto. Foto: reprodução.

O Instituto Tartarugas do Delta é uma Organização Não Governamental - ONG que atua na região da Área de Proteção Ambiental - APA Delta do Parnaíba. O instituto aproveita essa ocorrência para solicitar apoio aos colaboradores, interessados em contribuir com o trabalho.

Caso encontre um encalhe, deve-se fazer foto, mandar a localização do encalhe ou informar a praia para facilitar identificar o local do encalhe. Caso seja encalhe vivo, a equipe vai seguir para o resgate. As informações podem ser enviadas para o contato: (86) 9 9968 0197.

Tartaruga encalhada no litoral do Piauí. Foto: reprodução.

Tartaruga encalhada no litoral do Piauí. Foto: reprodução.


Tartaruga encalhada no litoral do Piauí. Foto: reprodução.

O boto-cinza

O boto-cinza é listado pelo Ministério do Meio Ambiente como espécie ameaçada e tem status de espécie vulnerável na lista da Fauna Brasileira de Espécies Ameaçadas de Extinção (Portaria MMA n.444 de 17/12/2014).

Pequeno cetáceo conhecido pelo nome científico Sotalia guianensis. No Brasil, pode ser encontrado desde o Pará até Santa Catarina. As Baías de Sepetiba e de Ilha Grande, no Rio de Janeiro, são os locais de maior concentração da espécie no país. O boto-cinza gosta de ficar em áreas abrigadas, como enseadas e baías, especialmente próximas a manguezais.

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