Após a prisão, ele foi encaminhado para a Central de Flagrantes, na cidade de Parnaiba, onde foi dado cumprimento ao mandado de prisão expedido pela justiça do Maranhão
DA REDAÇÃO
PARNAÍBA-PIAUÍ
12h03
A Polícia Civil do Maranhão prendeu na tarde de sexta-feira (19), mais um indivíduo investigado por suspeita de participação em grupo criminoso responsável pelo comércio ilegal de armas no estado. Alberto Salassie de Carvalho Neto, de 35 anos, era considerado foragido desde que a "Operação Orlov" foi deflagrada, nas primeiras horas da última quinta-feira (18), desarticulando grupo criminoso composto, inclusive, por militares do Exército Brasileiro.
Suspeito é preso passeando em carro de luxo. Foto: PC-MA. |
Por meio de cooperação entre policiais do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO), vinculado à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), e a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Piauí (FICCO), além da Força Tática do 24º Batalhão 'Atalaia' e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi possível localizar e prender o indivíduo na cidade de Luís Correia.
A prisão foi efetuada pouco mais de 24h após a deflagração da "Operação Orlov", que deu cumprimento, inicialmente, a cinco mandados de prisão e apreendeu armamento e munições do comércio ilegal de armas de fogo e veículos. O individuo preso foi abordado enquanto passeava na cidade do litoral piauiense em um automóvel de luxo.
Carro de luxo utilizado pelo suspeito. Foto: divulgação/PC-MA. |
Após a prisão, ele foi encaminhado para a Central de Flagrantes, na cidade de Parnaíba, onde foi dado cumprimento ao mandado de prisão expedido pela justiça do Maranhão.
Operação Orlov
A "Operação Orlov" cumpriu 27 mandados de busca e apreensão. Além do Maranhão, foram realizadas diligências em Ribeirão Preto (SP), Fortaleza (CE) e Parauapebas (PA) com a apreensão de 17 armas de fogo, provas documentais, aparelhos celulares e 545 munições.
Inicialmente, foram apreendidos ainda três veículos e efetuadas cinco prisões, sendo três em flagrante e duas preventivas. Entre os envolvidos presos estão dois militares do Exército e um advogado. Também foi feito o sequestro de R$ 350 mil em valores da organização criminosa.
De acordo com o Departamento de Combate ao Crime Organizado, a investigação teve início em maio de 2023 a partir da apreensão de uma arma de fogo que foi pega com um traficante em São Luís, que também foi preso. Após as consultas aos sistemas foi constatado que a arma estava registrada em nome de um indivíduo de São Paulo. Em contato com esse indivíduo, a Polícia Civil descobriu que ele estava sendo usado como laranja, pois não possuía arma de fogo em São Luís e seu registro de atirador esportivo na capital era falso.
A arma que deu início à investigação é uma pistola Glock. Durante os trabalhos, a equipe de investigadores descobriu que o preso integrava o esquema criminoso como intermediador da aquisição de armas de fogo de forma ilegal. Além disso, também se descobriu que havia uma empresa aberta em nome do laranja. Durante as buscas à empresa foi verificada que se tratava de uma fachada usada para disfarçar o esquema criminoso já que nada foi encontrado no endereço registrado.
Os militares do Exército envolvidos no esquema e presos durante a "Operação Orlov" trabalhavam no setor responsável pelo registro de armas. Eles faziam a aquisição do armamento de forma legal, mas em seguida colocavam em nome de laranjas e vendiam pelo dobro do preço para o mercado clandestino.