As vítimas apresentaram sintomas compatíveis com intoxicação
PARNAÍBA-PIAUÍ
22h18
Um adolescente de 17 anos morreu com sintomas suspeitos de envenenamento nesta quarta-feira (1º), no Conjunto Dom Rufino II, bairro Igaraçu, em Parnaíba. Ele é parente dos irmãos que, em agosto de 2024, morreram envenenados após consumirem cajus. Pelo menos oito pessoas da mesma família também foram socorridas nesta tarde após passarem mal.
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Adolescente morre com suspeita de envenenamento. Foto: reprodução. |
As vítimas apresentaram sintomas compatíveis com intoxicação e equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) prestaram os primeiros socorros. Uma das vítimas morreu ainda dentro da ambulância. A equipe médica foi informada de que as vítimas teriam recebido peixes do tipo manjuba de um desconhecido, na noite de terça-feira (31), mas só haviam consumido o alimento nesta quarta.
O delegado Renato Pinheiro relatou que entre as vítimas socorridas está Francisca Alves, mãe dos dois garotos envenenados em agosto do ano passado na mesma região.
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Alimento apreendido pela polícia. Foto: reprodução. |
Os pacientes em estado grave foram transferidos para o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA). Ainda não há informações sobre o estado de saúde das vítimas.
A Polícia Civil do Piauí confirmou que trata-se de um caso de envenenamento coletivo.
Caso parecido
Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos, morreu no dia 10 de novembro no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) vítima de complicações de envenenamento. A criança estava internada na unidade de saúde há mais de 60 dias.
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Os irmãos morreram vítimas de envenenamento. Foto: reprodução. |
O irmão dele, João Miguel, de 7 anos, faleceu em agosto também em decorrência do envenenamento. As duas crianças, segundo a polícia, comeram cajus envenenados pela vizinha, Lucélia Maria da Conceição Silva, 52 anos. O caso ocorreu em 23 de agosto, na mesma região.
De acordo com o perito Antônio Nunes, os corpos absorveram as substâncias tóxicas e as crianças teriam sentido salivação, ausência respiratória, taquicardia, tremores, abalos e diarreia. Após a morte de João Miguel, exames constataram a presença de danos pretos no estômago. Além disso, a equipe analisa a hipótese de o material usado no envenenamento ter sido chumbinho, cuja compra e venda é proibida pela legislação brasileira.