Vizinha que foi presa suspeita de envenenar crianças com cajus em Parnaíba deixa presídio

Ela estava detida desde agosto de 2024 sob acusação de envenenar duas crianças em Parnaíba

Por EDUARDO MACHADO
PARNAÍBA-PIAUÍ
21h56. - atualizada às 22h58.

Lucélia Maria da Conceição, de 52 anos, deixou a Penitenciária Feminina de Teresina na noite desta segunda-feira (13/01) após quase cinco meses. Ela estava detida desde agosto de 2024 sob suspeita de envenenar duas crianças em Parnaíba. A soltura ocorreu após a divulgação de um laudo que mostrou que não foi encontrado veneno nos cajus que foram doados pela vizinha às vítimas.

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Lucélia Maria da Conceição deixa presídio.
Foto: Yala Sena/cidadeverde.com.

Na época do caso, a casa de Lucélia, no Conjunto Dom Rufino II, foi incendiada e destruída pela população. De acordo com o advogado Sammai Cavalcante, a mulher vai ficar na casa de familiares. 

Mais cedo, a justiça determinou a soltura de Lucélia, que foi presa no ano passado sob suspeita de envenenar os irmãos Ulisses Gabriel da Silva, de 8 anos e João Miguel da Silva, de 7 anos na cidade de Parnaíba. O caso ganhou uma grande reviravolta e a mulher, que estava presa desde agosto de 2024, pode ser inocentada.

A defesa busca agora uma declaração de inocência e indenização. Segundo Sammai Cavalcante, o objetivo agora é pedir a declaração de inocência da mulher, que ficou presa por cerca de 5 meses.

“Após a instrução do processo nós estamos em busca da declaração da inocência da senhora Lucélia numa sentença judicial absolutória em trânsito julgado. Após isso acontecer nós muito provavelmente devemos ingressar com essa ações de ressarcimento indenizatórios. O meu problema não são com as autoridades, o problema é o processo em si; prova subjetiva, deficit na investigação. O princípio da presunção de inocência não foi observado em nenhum momento”, explicou.


Os cajus passaram por mais uma perícia depois que um novo caso de envenenamento acometeu a família. Dessa vez, Francisco de Assis Pereira da Costa, companheiro da matriarca da família foi preso suspeito de colocar veneno no arroz. Quatro pessoas morreram, entre elas, duas crianças.

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